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Por que nossos olhos ficam vermelhos após um banho de piscina
29jun, 2015
Por que nossos olhos ficam vermelhos após um banho de piscina
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Segundo especialistas em qualidade de água do CDC (Centros de Controle de Doenças e Prevenção, na sigla em inglês), órgão federal dos Estados Unidos, lançaram uma campanha contra o ato de urinar em piscinas.“O cloro se liga com todas as coisas que ele tenta matar no seu corpo, e assim ele forma esses compostos químicos que irritam. É isso o que está fazendo seu olho coçar. É a ligação entre cloro, urina e suor”, explicou Michael J. Beach, do CDC, à Women’s Health.Essa mistura se chama cloramina, e Beach diz que ela também é o motivo de pessoas tossirem quando estão próximas a piscinas, já que a substância também irrita o pulmão. Alguns tipos de cloraminas são usados em desinfetantes de água potável, mas as que são desenvolvidas após a passagem de alguém pela piscina é diferente.Nadar em uma piscina, aliás, é uma atividade um tanto perigosa para a sua saúde. Isso porque doenças podem ser transmitidas pela água. Segundo Beach, um novo germe parasita foi encontrado e ele é imune ao cloro. Por isso, não basta simplesmente encher a água de cloro esperando que assim ela fique adequada para nadar. Se uma pessoa estiver com esse germe no corpo, é possível que ele fique na água. Assim, antes de nadar, a melhor coisa que você pode fazer é tomar um bom banho. E depois também, claro.Deixando os possíveis riscos que a água suja pode oferecer a sua saúde, a prática da natação segue sendo uma atividade bastante recomendada e que, no geral, faz muito bem para nosso corpo fisicamente. E fica ainda melhor quando ninguém resolve fazer xixi dentro da água.
Referência: http://www.womenshealthmag.com/health/pee-in-pool-water

Cloro na água elimina larvas do mosquito da dengue
27mar, 2015
Cloro na água elimina larvas do mosquito da dengue
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O cloro existente em produtos sanitários, na concentração de 0,1%, é capaz de impedir o crescimento e eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, como mostra uma pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. O estudo revela também que a concentração de cloro testada mantém seu efeito protetor durante dez dias.

O experimento foi realizado a pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Álcalis, Cloro e Derivados ( Abiclor). “O objetivo inicial era verficar se o cloro utilizado em tratamento de piscinas impedia o desenvolvimento da larva do mosquito da dengue”, diz o professor Octavio Nakano, da Esalq, que coordenou a pesquisa. “Os resultados mostraram que a dosagem também é eficaz para outros pontos com água, como vasos de plantas, por exemplo”.

No Laboratório do Departamento de Entomologia da Esalq, larvas do Aedes aegypti criadas em laboratório foram adicionadas a recipientes com água misturada com cloro em diversas concentrações, simulando as quantidades usadas em tratamento de piscinas. Em contato com a água, as larvas em incubação dão continuidade a seu ciclo de desenvolvimento, dando origem ao mosquito.

Os experimentos demonstaram que uma quantidade de cloro equivalente a 0,1% do volume total da água em que acontece a aplicação (1 mililitro para cada litro de água, por exemplo) é capaz de eliminar as larvas do mosquito da dengue. “O cloro tem ação mortal sobre elas, impedindo que cresçam”, ressalta Nakano.

Efeitos
A pesquisa também constatou que o efeito do cloro se prolonga por dez dias. “Durante esse período, o cloro vai evaporando até seu efeito residual desaparecer por completo”, conta o professor Nakano. “Depois de dez dias, é necessário fazer uma nova aplicação na água”.

De acordo com Nakano, a ação protetora pode ser prolongada por mais tempo, desde que seja utilizada uma quantidade maior de cloro. “Na medida em que a água apresente uma residuidade maior, é possível manter o efeito contra as larvas do mosquito da dengue”.

O professor explica que os resultados dos experimentos também são válidos para produtos que apresentem cloro em sua composição, como por exemplo, água sanitária. “A concentração testada não apresenta efeitos nocivos aos seres humanos, já que é semelhante a empregada no tratamento de piscinas”.

O cloro também pode ser usado para impedir a proliferação do Aedes aegypti em vasos, pois a dosagem díluida na água que as plantas são regadas não prejudica o seu desenvolvimento. Para evitar que as larvas cresçam, também é necessário verificar caixas d’água vazias, garrafas, pneus e todo local que possa haver acúmulo de água, mantendo-os secos.


Fonte: Agência USP (http://www.usp.br/agen/)
 

Perigo nas piscinas
19jun, 2014
Perigo nas piscinas
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Morte de três crianças vítimas da sucção de bombas de água em seis dias é um alerta para a falta de segurança sob as águas. Dos 1,7 milhão de piscinas existentes no Brasil, 90% estão irregulares
João Loes

Tida como fonte de diversão e alívio para o calor escaldante do verão, a piscina ganhou contornos de armadilha neste começo de ano. Em menos de uma semana, três crianças morreram em acidentes distintos depois de se verem presas pela sucção de ralos de filtragem e recirculação de água enquanto se banhavam. Mesmo com a intervenção de adultos, Kauã Santos, 7 anos, Mariana Oliveira, 8, e Naisla Cestari, 11, não conseguiram se desvencilhar da força de aspiração das máquinas e se afogaram. “A sucção é causa de cerca de 35% das mortes por afogamento em piscinas de crianças com idade entre 1 e 9 anos”, estima David Szpilman, diretor-médico da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), para quem essas tragédias ainda ocorrem porque as pessoas continuam acreditando que esses acidentes só acontecem com os outros. Com isso, a piscina acaba sendo construída e mantida com desleixo e sem respeito aos parâmetros que garantem a segurança de seus usuários.

Segundo estimativa da Sobrasa, do 1,7 milhão de piscinas existentes no Brasil, cerca de 90% estão, de alguma maneira, irregulares. O fato de o País não ter uma lei federal que regule a construção e manutenção desses espaços favorece o improviso. “O que temos são normas técnicas e algumas poucas leis municipais”, diz Eugênio Tolstoy de Simone, diretor-técnico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). E como a fiscalização das leis, nos poucos municípios onde elas existem, é falha e as normas técnicas não têm força regulatória, há verdadeiras arapucas sob as águas.

Mas há formas, simples até, de se evitar esse tipo de acidente (leia quadro). Para quem usa piscinas coletivas, por exemplo, vale contar o número de ralos antes de mergulhar – quanto mais ralos, mais diluída a força de sucção –, além de buscar informações com o guarda-vidas sobre botões para desligamento de emergência da bomba. Questionar se os ralos são do tipo antiaprisionamento, ou seja, curvos e com grade fina o suficiente para impedir o encaixe de dedos e cabelos, também é importante. “Mas fundamental mesmo é ter sempre um responsável de olho”, diz Szpilman, da Sobrasa. Em condomínios sem guarda-vidas, os pais podem se alternar nessa função. Tudo para garantir que a diversão preferida do verão não acabe em tragédia.

Fonte: Revista Isto É - 20 de Janeiro de 2014 - Edição 2303